terça-feira, 20 de janeiro de 2015

SEDOE: SUGESTÕES;DICAS DE FILMES, LIVROS E VÍDEOS; Professora readaptada desenvolve projeto de arte

O número de professores afastados de suas funções docentes por conta de
doenças ocupacionais cresce a cada dia. A solução que o governo encontra para isso
é readaptar professores para funções que não exijam tanto deles e em alguns casos
essa readaptação acaba aumentando o sofrimento desses professores, colocando-os
em ocupações muito distintas das que ocupavam enquanto professores.
Uma professora do Distrito Federal conseguiu burlar esse mal estar e junto
com a escola desenvolveu, depois de readaptada, um projeto de nome “Concentração
por Meio da Arte”. Amante das artes plásticas desde sempre, propôs à escola a
execução do projeto e foi prontamente atendida.
Por meio da história da arte, com aulas práticas e teóricas, a professora Silvia
Cássia Carvalhedo desenvolve um projeto na biblioteca da escola que faz com que os
alunos se despertem para o interesse por todos os tipos de artes plásticas.
Veja no link o vídeo tratando sobre o tema:
http://www.youtube.com/watch?v=vjUYDjK-LSc

Saiba mais
1. Dicas de Sites
http://revistaescola.abril.com.br/
Nova Escola Online: Site da revista Nova Escola. Lá você encontra matérias
sobre formação de docentes e gestores, planos de aulas, conteúdos de todas as séries do
ensino fundamental e médio, notícias sobre planejamento, educação de jovens e adultos
etc.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br
Portal do Professor: Portal, lançado em 2008 em parceria com o Ministério
da Ciência e Tecnologia, tem como objetivo apoiar os processos de formação dos
professores brasileiros e enriquecer a sua prática pedagógica.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/jornal.html
Jornal do Professor: Veículo inteiramente dedicado a revelar o cotidiano da
sala de aula, trazendo quinzenalmente temas ligados à educação. Recebe contribuições
de docentes.
http://www.planetaeducacao.com.br
Planeta Educação: Portal educacional que tem como objetivo disseminar o
Uso Pedagógico e Administrativo das Novas Tecnologias da Informação e da
Comunicação nas escolas públicas brasileiras de Educação Infantil, Ensino Fundamental
e Médio. Lá, além de matérias direcionadas ao ensino, você encontrará muitos artigos
voltados à atividade docente.
http://revistaeducacao.uol.com.br/
Revista Educação: Portal onde educadores, gestores e outros profissionais da
área podem acompanhar mensalmente as principais questões relacionadas a políticas
públicas, inovações no setor, economia, literatura, pedagogia e cultura. Ao longo dos
anos, a revista se consagrou por abordar temas polêmicos e profundos.
2. Dicas de Filmes
Entre os muros da escola (2007 – França), direção de Laurent Cantet
François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua
francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. O
aprendizado na escola deixa muito a desejar e ele junto de seus colegas buscam
apoio mútuo para fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo,
mas o descaso dos alunos é muito grande.
No filme, François tem indícios de burnout ao desabafar com os colegas que
não vai mais se preocupar em ensinar os alunos, pois eles não se interessam.
(despersonalização) Verônica (2008 – Brasil), direção de Maurício Farias
Verônica (Andréa Beltrão) trabalha na rede pública do estado do Rio de
Janeiro há 20 anos e se sente cansada e sem paciência – demonstrando sintomas da
síndrome de burnout –, quando decide desistir de tudo se depara com a tarefa mais
difícil de sua carreira, defender um de seus alunos de traficantes que querem
assassiná-lo.
Escritores da Liberdade (2007 – EUA, Alemanha), direção de Richard
Lagravenese

Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a
professora Erin Gruwell (Hillary Swank) combate um sistema deficiente, lutando
para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes.

Ao Mestre, com Carinho (1967 – Inglaterra), direção de Jamel Clavell
O jovem professor Mark Thackeray (Sidney Poitier) decide dar aulas em uma
escola de um bairro operário de Londres, repleta de alunos indisciplinados e
determinados a destruir Thackerey, assim como fizeram com o professor anterior.
Encontrando Forrester (2000 – EUA), direção de Gus Van Stan
No filme, o professor (Oscar F. Murray Abrahan) defronta-se com uma
situação inusitada para seus vários anos de prática educacional ao encontrar em sua
sala de aula, numa escola particular frequentada eminentemente por brancos
provenientes de uma camada social mais abastada, um aluno negro de origem
humilde (Jamal), alçado a uma melhor possibilidade de estudos em virtude de suas
grandes habilidades atléticas (trata-se de um ótimo jogador de basquete) e de seu
surpreendente rendimento escolar.
O Sorriso de Mona Lisa (2003 – EUA), direção de Mike Newell
Katharine Watson (Julia Roberts) é uma recém-graduada professora que
consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História
da Arte. Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em
que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas
alunas a enfrentarem os desafios da vida.
O Triunfo (2006 – EUA/Canadá), direção de Randa Heines
O professor Ron Clark (Matthew Perry), deixa sua casa na zona rural da
Carolina no Norte para dar aulas em Nova Iorque, onde encontra uma realidade
muito difícil, numa sala que tem a fama de fazer com que os professores peçam
demissão. Há uma cena que mostra um momento de estresse muito alto por parte do
professor e também mostra a realidade otimista na qual ele busca se instalar.
Vídeos Relacionados à Saúde Emocional do Educador
Caminhos da Escola – Saúde do Professor
http://www.youtube.com/watch?v=meeYMj7rY2k
Vídeo produzido pela TV Escola para o programa Caminhos da Escola,
retrata os problemas de saúde mais comuns dos professores e quais os cuidados a
serem tomados e que influenciam na qualidade de ensino. O episódio tem locações
nas cidades de Cuiabá (MT), Natal (RN), Mogi Mirim (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Saúde Psíquica do Professor
http://www.youtube.com/watch?v=PVbY4EUpFh0&feature=related
Vídeo produzido pela Escola Don Luís Guanella, reflete sobre a saúde
emocional do educador mostrando trechos de dois filmes que retratam a síndrome de
burnout em duas dimensões: Entre os Muros da Escola (2007) de Laurent Cantet –
despersonalização e Veronika (2008) de Maurício Farias – exaustão emocional.
Síndrome de Burnout em Professores
http://www.youtube.com/watch?v=SQLrtaAGasU
Vídeo desenvolvido por alunos da faculdade UNIVAG em forma de
fotonovela que demonstra uma professora que tem atitudes próprias de quem sofre
com a síndrome de burnout.
Síndrome de Burnout
http://www.youtube.com/watch?v=gLysWa7DdG8
Matéria jornalística que fala dos sintomas da síndrome de burnout e traz
depoimentos de professores que passam pelo problema.
Síndrome de Burnout em Professores
http://www.youtube.com/watch?v=THodmREGhT0&feature=fvwrel
Vídeo elaborado pelo psicanalista e psicopedagogo Chafic Jbeili para
informação e prevenção da burnout em professores.
Alunos fazem campanha para financiar o tratamento de saúde de um
professor
http://www.youtube.com/watch?v=kP3xL9v4hFQ2
O vídeo mostra a mobilização de alunos de uma escola para angariar fundos
para custear a cirurgia de um professor. Atente para a questão inversa discutida pelas
grandes mídias, em meio a tanta violência, falta de respeito e indisciplina esses
alunos dão uma lição de solidariedade.
Campanhas relacionadas
Saúde do Professor
http://www.saudedoprofessor.com.br/
Campanha desenvolvida pelo Sinpro-RJ que tem por objetivo sensibilizar a
sociedade para a trágica realidade dos professores e professoras, estas com suas
duplas jornadas; desnaturalizar a violência emocional e física que predomina nos
ambientes escolares contemporâneos; e, acima de tudo, convocar os docentes à
reflexão e luta por melhores condições de trabalho e saúde.
Desenvolvem campanhas para prevenção e tratamento de síndrome de
burnout, assédio moral no trabalho, doenças da voz, com uma vasta literatura sobre
os assuntos mencionados e muito mais.
A Saúde do Professor tem limite
http://www.contee.org.br/noticias/contee/nco244.asp
Campanha lançada, em 2010, pela CONTEE – Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, com o objetivo de reafirmar a
importância da valorização do profissional e do respeito a sua saúde.
5. Dicas de Matérias que Falam Sobre a Saúde do Educador
Revista Nova Escola – Remédios para o professor e para a educação:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/remedios-professoreducacao-
423190.shtml
Acessado em 20/03/2011
Bibliografia
Burnout: Sofrimento Psíquico do Trabalhadores em Educação.
Codo, Wanderley; Vasques-Menezes, Ione
Cadernos de Saúde do Trabalhador. INST/CUT
São Paulo – 10/2000
Burnout em Professores: Identificação, Tratamento e Prevenção
Jbeile, Chafic
SinproRio
Rio de Janeiro
Ética, Indisciplina e Violência nas Escolas
Silva, Nelson Pedro
Editora Vozes – 5ª edição
Rio de Janeiro – 2010
A Sociedade de insegurança e a Violência na escola
Schilling, Flávia
Editora Moderna
São Paulo – 2005
A águia e a galinha: A metáfora da condição humana
Boff, Leonardo
Editora Vozes – 39ª edição
Rio de Janeiro – 1997
83
A cabeça bem-feita: repensar a forma, reformar o pensamento
Morin, Edgar
Editora Bertrand Brasil – 14ª edição
Rio de Janeiro – 2008
Educação e complexidade: Os sete saberes e outros ensaios.
Morin, Edgar
Org. Almeida, Maria da Conceição, Carvalho, Edgar de Assis
Editora Cortez – 5ª edição
São Paulo – 2009
Saúde Mental do Professor
Silva, Paulo Sérgio
Editora Expressão e Arte, Edifeo
São Paulo – 2006
O Que é o Corpo
Gaiarsa, José Ângelo
Editora Brasiliense – 1ª edição
São Paulo, 1986
Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa
Freire, Paulo
Editora Paz e Terra – 41ª edição
São Paulo, 2010
Educação: Carinho e Trabalho
Codo, Wanderley (Coordenador)
Editora Vozes – 4ª edição
São Paulo, 2006
Sites Bibliográficos
Codo, Wanderley; Vasques-Menezes. Portal do Professor - O que é Burnout?:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/jornaldoprofessor/midias//arquivo/edic
ao3/Burnout.pdf>
Acessado em 27/02/2011.
Revista do Projeto Pedagógico – O Papel do Professor Coordenador no Processo
Pedagógico das Escolas:
<http://www.udemo.org.br/RevistaPP_04_03OPapeldoProfessor.htm>
Acessado em 28/02/2011.
Brasil Escola – Diretor de Escola, gestor da dinâmica social:
<http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/diretor-de-escola-gestor-dadinamica-
social.htm>
Acessado em 28/02/2011.
Saúde do Professor – Doenças Relacionadas à Voz:
<http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/voz2.htm>
Acessado em 03/03/2011.
85
Saúde do Professor – Acústica Arquitetônica:
<http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/voz5.htm>
Acessado em 03/03/2011.
Nova Escola - Formação continuada na escola:
<http://revistaescola.abril.uol.com.br/gestao-escolar/coordenadorpedagogico/
caminhos-formacao-professores-476133.shtml>
Acesso em 23/03/2011.
Rodriguez Y Rodrigues, Martius Vicente; Alves, Joemar Braga. Qualidade de Vida
dos Professores: Um Bem para Todos:
<http://www.latec.uff.br/cneg/documentos/anais_cneg4/T7_0049_0018.pdf>
Acesso em 23/03/2011.
Neves, Siduana Facin. Trabalho docente e qualidade de vida na rede pública do
ensino de Pelotas:
<http://biblioteca.ucpel.tche.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo
=157>
Acesso em 23/03/2011.
Schirmer, Marlene. Textual - Império do mal nas relações de trabalho dos
professores: <http://www.sinprors.
org.br/textual/maio2004/Textual_saida_internet.pdf>
Acesso em 24/03/2011.
Outeiral, José. Textual - As inquietações dos professores: <http://www.sinprors.
org.br/textual/nov04/Textual_novembro_internet.pdf>
Acesso em 24/03/2011.
86
Medeiros, Régis. Quais os saberes necessários para a prática docente, Freire, Tardif e
Gauthier respondem?:
<http://www.ufpel.edu.br/fae/paulofreire/novo/br/pdf/558.pdf>
Acessado em 25/03/2011.
Revista Espaço Acadêmico - A relação Professor/Aluno no Processo de Ensino e
Aprendizagem: <http://www.espacoacademico.com.br/052/52pc_silva.htm>
Acesso em 28/03/2011.
Benzati, Eduardo. A Educação e os Educadores do Futuro:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000335.pdf>
Acessado em 29/03/2011.
Conteúdo Escola: O Portal do Educador – Resenha: Os Sete Saberes Necessários à
Educação do Futuro (Edgar Morin):
<http://www.conteudoescola.com.br/site/content/view/89/27/1/9/>
Acessado em 30/03/2011.
Cadernos da TV Escola - PCN na escola: Convívio Escolar, Técnicas Didáticas e
Educação Física, Secretaria de Educação a Distância. Coordenação geral Vera Maria
Arantes: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000350.pdf>
Acessado em 30/03/2011.
Andrade, Joelma Marçal de. Profissão Docente e Escolarização dos Filhos:
<http://www.ppge.ufsc.br/ferramentas/ferramentas/tese_di/arquivos/20.pdf>
Acessado em 31/03/2011.
87
Louro, Guacira Lopes. Mulheres em Sala de Aula: < http://dld.bz/YAR4 >
Acessado em 31/03/2011.
Moran, João Manuel. Educação Humanista Inovadora - A Afetividade na Educação
Pedagógica: <http://moran10.blogspot.com/2008/01/afetividade-na-relaopedaggica.
html>
Acessado em 01/04/2011.
Cartilha Assédio Moral nas escolas: Mais um Pesadelo do Profissional da Educação:
<http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/a_pdf/111_cartilha_rj_assedio_moral_esc.
pdf>
Acessado em 01/04/2011.
Cartilha Oficial da Apeoesp Assédio moral é ilegal e imoral!:
<http://apeoespsub.org.br/lgbt/assedio_moral_troca.pdf>
Acessado em 05/04/2011.
Jusbrasil – Legislação Lei 12250/06 | Lei nº 12.250, de 9 de fevereiro de 2006 de
São Paulo: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/135301/lei-contra-o-assediomoral-
lei-12250-06-sao-paulo-sp>
Acessado em 05/04/2011.
Site Assédio Moral no Trabalho – O que a vítima deve fazer:
<http://www.assediomoral.org/spip.php?article9>
Acessado em 04/04/2011.
88
Educar para Crescer – Violência na Escola: De Quem é a culpa?:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim-educacao/tag/violencia/>
Acessado em 05/04/2011.
O Globo – Professor fala em abandonar a carreira:
<http://oglobo.globo.com/cidades/sp/mat/2010/09/30/professor-que-teve-acesso-defuria-
em-escola-estadual-de-caraguatatuba-sp-fala-em-abandonar-carreira-
922673369.asp>
Acessado em 06/04/2011.
VNews – Psicóloga Explica Reação Agressiva de Professor de Caraguá:
<http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=80979>
Acessado em 06/04/2011.
O Globo – Professor Joga Notebook em Estudante em Universidade no Espírito
Santo:
<http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/09/30/professor-joga-notebook-emestudante-
em-universidade-no-espirito-santo-922664704.asp>
Acessado em 06/04/2011.
Educação em Valores: Educação para o desenvolvimento – 10 pontos para
prevenção da violência no meio escolar:
<http://www.educacionenvalores.org/spip.php?article810>
Acessado em 07/04/2011.
USP institucional – Estresse no Trabalho Pode Causar Doença de Voz em Professor:
<http://www4.usp.br/index.php/institucional/18483>
Acessado em 12/04/2011.
89
Cartilha da Voz Projeto da Campanha de Saúde Vocal do Professor: Voz para
Educar: <http://www.saudedoprofessor.com.br/Voz/Arquivos/cartilha.pdf>
Acessado em 13/04/2011.
Universia – O Desgaste de Ser Professor:
<http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2006/05/30/440442/esgaste-serprofessor.
html>
Acessado em 13/04/2011.
Educação – Sob Pressão:
<http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12081>
Acessado em 14/04/2011.
Lipp, Maria Emmanuel Novais. Soluções Criativas para o Stress:
<http://dld.bz/YBbB>
Acessado em 14/04/2011.
PsiqWeb – Dor no Peito na Síndrome do Pânico:
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=74>
Acessado 15/04/2011.
PsiqWeb – Cardiologia e Emoções:
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=41>
Acessado em 15/04/2011.
90
PsiqWeb – Ansiedade:
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=45>
Acessado em 15/04/2011.
PsiqWeb – Estresse, Ansiedade, Esgotamento:
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=66>
Acessado em 15/04/2011.
PsiqWeb – Síndrome do Pânico:
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=77>
Acessado em 15/04/2011.
PsiqWeb – Transtornos Fóbicos-Ansiosos:
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=78>
Acessado em 15/04/2011.
Poentini, Nádia Cinara Alves. Estratégias Resilientes no Contexto Educacional: uma
Contribuição ao Exercício da Profissão Docente:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/graduacao/article/viewFile/7913/55
97>
Acessado em 18/04/2011.
Boa Saúde – Exercício Físico e a Saúde Mental:
<http://boasaude.uol.com.br/Lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3821&ReturnCatID=357
>
Acessado em 18/04/2011.
91
R7 notícia – Fazer atividade física é tratamento contra depressão:
<http://noticias.r7.com/saude/noticias/fazer-atividade-fisica-e-tratamento-contradepressao-
20100405.html>
Acessado em 19/04/2011.
Educar para crescer – Como se Livrar da Indisciplina:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/indisciplina-sala-aula-
509283.shtml>
Acessado em 09/04/2011.
Francés, Ana Luz. Breve Histórico sobre Wilhelm Reich:
<http://www.redereich.com/800%20x%20600/texts/texto_wr_obra.htm>
Acessado em 20/04/2011.
Informativo Saúde Emocional – Teoria Reichiana em Transtornos Compulsivos.
<http://www.saudeemocionalfriburgo.psc.br/page6.html>
Acessado em 20/04/2011.
PsiqWeb: Psiquiatria Geral – Wilhelm Reich:
<http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=161&sec=53>
Acessado em 20/04/2011.
Vargas, Cláudio Pellini. Resiliência e Educação:
<http://www.cmjf.com.br/revista/materiais/1217846411.pdf>
Acessado em 20/04/2011.
92
Galves, Iracema Cérdan; Sass Odair. Wilhelm Reich e a Educação:
<http://www.periodicos.ufrn.br/ojs/index.php/publica/article/viewFile/85/81>
Acessado em 20/04/2011.
Melo, Maria. Construção Emocional do Corpo:
<http://www.mariademelo.com.br/press/_Constru%E7%E3o%20Emocional.pdf>
Acessado em 25/04/2011.
Blog Palavra da Presidenta (Apeoesp) – Por Mais Saúde na Educação:
<http://apeoesp.wordpress.com/2011/02/16/por-mais-saude-na-educacao/>
Acessado em 25/04/2011.
UOL Cinema:
<http://cinema.uol.com.br/busca/?q=professor&ts=1303936203881&escopo=q&bus
car=Buscar&genero=&callback=build>
Acessado em 26/04/2011.


SEDOE;Calendário Unificado

Devido à desvalorização do trabalho docente
(estima-se que o professor ganha 40% menos que a
média do trabalhador brasileiro com mesma
escolaridade) a maioria dos professores é obrigada a
dobrar sua carga de trabalho, muitas vezes essa segunda
jornada se dá em colégios particulares.
Diante dessa situação a criação de um calendário
único, assegurando a simultaneidade e integralidade do mês de janeiro e do recesso
do mês de julho concomitantes em escolas públicas e particulares, é deveras
importante e visa à recuperação física, emocional e psicológica dos docentes.
Segundo o Vereador Reimont, político atuante na cidade do Rio de Janeiro e
autor do projeto de lei aprovado que regulamenta o calendário unificado: Não ter um
calendário escolar unificado tem levado a categoria, tanto na rede pública quanto
no setor privado, ao esgotamento físico e mental, traduzindo em números divulgados
pelos próprios órgãos públicos de excessivos afastamentos de locais de trabalho
para tratamentos e readaptações.
Cidades como o Rio de Janeiro e estados como Espírito Santo e Mato Grosso
do Sul aderiram a essa prática a favor do professor, entendendo que esse precisa de
integridade física para o bom exercício de sua profissão. Estender essa prática como
lei a todos os estados da federação seria uma das maneiras de promover o bem-estar
docente e, consequentemente, elevar o nível da qualidade do ensino no Brasil.


SEDOE: Concepção Reichiana e seus reflexos na educação

O amor, o trabalho e o conhecimento são as
fontes de nossa vida. Deveriam também governá-la.
Wilhelm Reich
Os estudos de Wilhelm Reich são comumente usados para
tratar da questão da saúde dos educadores, por lidar com a questão
da saúde de maneira sensível e por acreditar que o corpo deve
estar em equilíbrio com a mente. Para que isso aconteça, as
necessidades de afeto, de amor e da sexualidade deveriam ser
contempladas. Sua visão dialética de corpo/mente trouxe várias
contribuições à questão da saúde emocional.
Reich foi responsável por uma revolução na psicologia clássica. Entre outras
teorias, desenvolveu a da couraça caracterológica, que é a soma total das atitudes
típicas do caráter que o indivíduo desenvolve como um bloqueio contra suas
excitações emocionais, resultando em rigidez do caráter, falta de contato emocional,
“morte interior” ou insensibilidade. Segundo Reich, a incapacidade de não se
envolver emocionalmente com as pessoas causa o adoecimento e a energia retida;
que, por sua vez, causa neuroses e isso afeta maleficamente a saúde emocional.
Couraça Muscular
Além da couraça caracterologica, Reich fala também sobre a couraça
muscular. O ser humano tem a capacidade física de resistir às adversidades sofridas
emocionalmente, toda vez que sofre algum dano emocional, reage prendendo a
respiração, contraindo o diafragma e enrijecendo os músculos abdominais, evitando
o medo ou a dor.
Se esses momentos de ameaças forem constantes, o ser humano passa a
desenvolver uma respiração curta que não fará bem ao seu físico e nem ao
psicológico, pois a postura dessa pessoa sempre será de rigidez e a mente começará a
se relacionar com o mundo de acordo as sensações do corpo. Reich denomina essas
ações como defesas que criamos para não sofrer, desde criança desenvolvemos essas
defesas e nos prendemos em nossa couraça para que nada de mal nos atinja.
A couraça muscular nos priva de sentir emoção, sentimento esse que é
primordial para nossa saúde e bem-estar. Para Reich a emoção é o que nos move, o
bloqueio das mesmas interfere na vitalidade do metabolismo e do organismo.
O docente precisa estar atento para não transmitir essa educação encouraçada
às crianças, que muitas vezes já são educadas desde cedo pelos pais com esse tipo de
educação.
Espiritualidade e Sabedoria
A espiritualidade pode ser chamada de sabedoria, pois é a partir dela que o
ser humano tem consciência de sua mente e de seu corpo passando a controlar as
suas emoções.
Se a pessoa tem algum transtorno de ansiedade, isso é explícito por meio do
corpo, pois a inteligência se mostra em cada órgão humano e não só através da
mente, portanto ombros caídos, respiração curta, cabeça baixa são sintomas que
mostram uma saúde emocional debilitada e não simples sintomas de tristezas
passageiras.
Essa é a maneira como Reich e alguns psicoterapeutas contemporâneos
tratam das doenças emocionais, seguindo o modelo de tratamento sistêmicoenergético
e psicologia corporal, visando não dissociar corpo e mente.
Segundo a psicoterapeuta Maria de Melo, não é possível transformar corpo se
não houver a transformação da mente, a mudança de um sempre afetará o outro. O
nosso corpo conta a história de nossa vida, o corpo será fruto de como você conduz o
seu emocional, as tensões e dores são sinais que o corpo manda de que a sua saúde
emocional está abalada. Nenhum exercício resolverá o problema se a mente não
estiver sã. É preciso identificar o que faz mal e dar um basta a essas dores e peso do
mundo que, muitas vezes, não somos capazes de suportar.
O corpo começa transmitindo sinais discretos e se não percebermos no início,
grandes são as chances desses sinais se tornarem graves doenças emocionais, como
depressão, transtorno de estresse pós-traumático e toda sorte de transtornos de
ansiedade e até físicas, pois como foi dito anteriormente, não é possível dissociar
mente e corpo.
Integrar corpo e mente no tratamento é o caminho mais eficiente para
construir um corpo saudável e a partir daí possuir um estilo de vida emocionalmente
saudável.
Decreto de Goldman – Decreto 55727
O governador Alberto Goldman, baseado na Lei 12.048, de 21 de setembro
de 2005, que instituiu a "Política Estadual de Prevenção às Doenças Ocupacionais do
Educador", decretou em 2010 regras para a instituição do Programa SP Educação
com saúde.
O programa foi lançado em fevereiro de 2011 e abrange escolas públicas do
Estado de São Paulo, agindo na prevenção de doenças ocupacionais. Em sua fase
piloto, em algumas escolas da zona Sul de São Paulo houve uma redução de até 77%
no número de faltas médicas de professores.
O projeto é executado pela Casa de Saúde Santa Marcelina e tem o apoio
técnico do IAMSPE – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual,
funcionando com o auxílio de um médico, dois enfermeiros, um nutricionista, um
psicólogo, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo e um assistente social em cada
diretoria de ensino para atender aos professores e demais profissionais da educação.
Veja abaixo o decreto nº 55727/10 e a lei 12.048/05 na íntegra:
Decreto 55727/10 | Decreto nº 55.727, de 20 de abril de 2010
Institui, no âmbito da Secretaria da Educação, o Programa SP Educação com Saúde e
dá providências correlatas, ALBERTO GOLDMAN, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais, Decreta:
Artigo 1º - Fica instituído, no âmbito da Secretaria da Educação, o Programa SP
Educação com Saúde, tendo por objetivo a melhoria da qualidade do ensino
oferecido na rede pública estadual, mediante ações direcionadas aos servidores
públicos dessa Pasta que agreguem qualidade de vida, promoção de saúde e
prevenção de agravos relacionados ao trabalho, em consonância com o disposto na
Lei nº 12.048, de 21 de setembro de 2005, que instituiu a "Política Estadual de
Prevenção às Doenças Ocupacionais do Educador".
Artigo 2º - Na implementação do Programa a que alude o artigo 1º deste decreto,
serão desenvolvidas, dentre outras, as seguintes ações:
I - caracterização dos servidores públicos da Secretaria da Educação quanto à
qualidade de vida, hábitos, perfil de saúde e atividade laboral;
II - redução da exposição a fatores de risco ou de agravamento de doenças no
ambiente de trabalho;
III - encaminhamento dos servidores abrangidos por este decreto para serviços de
saúde de referência conforme o nível de complexidade do respectivo diagnóstico;
IV - introdução de cultura de ambientes e processos de trabalho saudáveis, bem
assim de respeito ao meio ambiente;
V - orientação em segurança do trabalho em Diretorias de Ensino e unidades
escolares;
VI - treinamento de servidores públicos dos órgãos referidos no inciso V deste
artigo, dotando-os de instrumentos para a realização de ações voltadas à educação
em saúde.
Artigo 3º - As ações relacionadas no artigo 2º deste decreto serão desenvolvidas, de
início, nas Diretorias de Ensino e unidades escolares situadas na Capital, alcançando
posteriormente as demais unidades do Estado conforme cronograma e diretrizes
aprovados pelo Secretário da Educação.
Artigo 4º - Para a execução do Programa instituído por este decreto, a Secretaria da
Educação, representando o Estado:
I - celebrará convênio com o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público
Estadual - IAMSPE, cabendo a este:
a) coordenar e definir os fluxos de encaminhamento para sua rede, efetuando o
respectivo monitoramento;
b) avaliar a implantação das ações e o cumprimento das metas correspondentes;
c) prestar assessoria técnica em engenharia e segurança do trabalho;
II - poderá celebrar convênios com outras entidades que atuam na área da saúde,
inclusive para atendimento a servidores classificados em Diretorias de Ensino e
unidades escolares situadas fora da Capital do Estado.
Parágrafo único - A celebração dos ajustes de que trata este artigo requererá
autorização governamental específica, devendo a instrução dos processos observar o
disposto nos Decretos nº 40.722, de 20 de março de 1996, e nº 52.479, de 14 de
dezembro de 2007 .
Artigo 5º - O Secretário da Educação poderá editar normas necessárias à execução
deste decreto.
Artigo 6º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 20 de abril de 2010
ALBERTO GOLDMAN

Publicado em: 21/04/2010 Atualizado em: 22/04/2010 11:28 ÿÿ
(Regulamenta lei 12.048, de 2005 que garante prevenção para doenças do educador)
Lei 12048/05 | Lei nº 12.048, de 21 de setembro de 2005 de São Paulo
(Projeto de lei nº 577/1996, do deputado Milton Flávio - PSDB)
Institui a "Política Estadual de Prevenção às Doenças Ocupacionais do Educador"
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - Fica instituída, no âmbito do Estado, a "Política Estadual de Prevenção
às Doenças Ocupacionais do Educador".
Parágrafo único - A Política a que se refere o "caput" dirige-se aos professores e
outros profissionais da área da educação.
Artigo 2º - A "Política Estadual de Prevenção às Doenças Ocupacionais do
Educador" tem por objetivo:
I - informar e esclarecer os professores e outros profissionais da área da educação
sobre a possibilidade da manifestação de doenças decorrentes do exercício
profissional, tais como faringite, bursite, dermatite e outras;
II - orientar sobre os métodos e formas preventivas de combate a referidos males;
III - encaminhar o profissional enfermo para o adequado tratamento das moléstias de
que seja vítima em virtude da profissão.
Artigo 3º - O Poder Executivo regulamentará o disposto nestalei no prazo de 90
(noventa) dias, a contar de sua publicação.
Artigo 4º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de
dotações próprias consignadas no orçamento vigente.
Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 21 de setembro de 2005
GERALDO ALCKMIN
Gabriel Benedito Issaac Chalita
Secretário da Educação
Luiz Roberto Barradas Barata
Secretário da Saúde
Arnaldo Madeira
Secretário-Chefe da Casa Civil Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 21
de setembro de 2005.
Secretário-Chefe da Casa Civil Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 21
de setembro de 2005.



SEDOE: A Importância da Organização

A organização do trabalho
docente deve começar pelos gestores,
porém os docentes devem ficar atentos
se essa administração não for
organizada. A elaboração consciente
do Projeto Político Pedagógico – PPP
de uma escola é o primeiro passo rumo
a essa organização e deve ser feito em conjunto com todos os profissionais da
educação. Esse documento é o responsável pelo direcionamento do trabalho de
determinada escola, quais são suas metas, objetivos e meios para conseguir alcançar
essas metas etc. Todas as pessoas envolvidas no processo de ensino-aprendizagem
precisam ter conhecimento desse documento para conseguir conduzir o trabalho de
maneira satisfatória.
O trabalho de planejamento das aulas é fundamental, pois afasta do trabalho
docente da ideia de improvisação. Devido às dificuldades do trabalho docente,
muitos professores têm trabalhado sem planejamento e isso, que deveria ser feito
diariamente passa a ser uma exceção e o improviso uma regra. Essa é uma das causas
da indisciplina na sala de aula, o improviso causa insegurança no profissional e os
alunos identificam essa falha.
É claro que uma aula planejada pode tomar outros rumos, pois o professor,
em sua aula, lida com pessoas que têm opiniões e anseios diversos, portanto pode
haver mudanças nesses planejamentos, não é preciso se martirizar por isso.
Muitas pessoas imaginam que, se planejarem suas obrigações, vão se tornar
robôs, seguindo rotinas repetitivas e simplesmente não fazem um projeto de
organização, é preciso desfazer essa ideia.
Nos dias atuais, as pessoas são obrigadas a se dividir entre muitos afazeres:
vida profissional, vida pessoal, tempo para família, tempo para os amigos, se não
mantêm uma rotina organizada, perdem-se e não conseguem realizar nenhuma
atividade satisfatoriamente.
Confira algumas dicas de organização que você pode incluir em seu dia a dia:
 Tire da cabeça tudo o que você precisa realizar e coloque no papel, com a
mente limpa de preocupações você tem mais chances de desempenhar suas
obrigações;
 Separe suas tarefas por blocos, ou seja, coloque as tarefas relacionadas em
listas diferentes, por exemplo: tarefas como colocar o lixo para fora, fazer
compras no supermercado, buscar os filhos na escola devem ser colocadas
em listas diferentes de uma lista que contemple o levantamento de uma
bibliografia sobre um tema, o estudo desse tema e a preparação de atividades
para serem ministradas em sala de aula.
 Tenha uma agenda para marcar todos os prazos a serem cumpridos e se
possível tente concluí-los antes do tempo proposto.
 Sempre faça os planejamentos das aulas, com esse instrumento será possível
fazer a previsão dos conteúdos que serão dados, as atividades que serão
desenvolvidas, os objetivos que se pretende alcançar e a forma de avaliações.
São atitudes simples que poderão tornar seu dia muito mais produtivo e
menos cansativo.

Teorias Sobre Saúde Emocional
Existem várias teorias que falam sobre saúde
emocional e, na maioria delas, o emocional sempre está
ligado às questões fisiológicas e biológicas. Quando o corpo
humano sofre um desequilíbrio a saúde emocional também
é afetada.
De uma forma mais intensa ainda, quando a saúde
emocional é afetada, seja uma simples tristeza, ataque de
pânico ou sintomas de depressão, todo o corpo fisiológico também responde.
Sintomas como cansaço excessivo, dores de cabeça, dores no corpo, falta de ar,
taquicardia, falta de energia etc. se refletem no corpo como uma consequência do
desequilíbrio da saúde emocional.
Portanto, é preciso cuidar da saúde de forma a contemplar a dicotomia
corpo/mente. Doenças, como a hipertensão e o colesterol estão intimamente ligadas
ao estresse, que por mais que seja uma doença emocional, traz sérias consequências
físicas, assim como também se manifesta as crises de pânico por meio da falta de ar
e dores no peito.
Entre os vários estudiosos que trataram da questão da saúde emocional ligada
às necessidades do corpo foi o psiquiatra Wilhelm Reich.

SEDOE: Promoção do Bem-estar Docente

Leonardo Boff, em seu livro A
Águia e a Galinha: uma metáfora da
condição humana (2008), exemplifica a
condição humana por meio de uma
metáfora utilizando duas figuras: A águia
e a galinha. O aprisionamento, a falta de
perspectiva, a limitação, o prosaico
seriam simbolizados pela figura da
galinha (que vive em terra firme, muitas vezes presa, ciscando) e tudo o que for
criativo, sonhador, ilimitado, inovador, poético seria representado pela figura da
águia (que é um animal imponente, que voa grandiosamente).
Sabemos da dificuldade de cultivar e expressar a águia que existe dentro de
cada um, ou por falta de ânimo ou por fatores externos, mas para que a saúde
emocional não seja comprometida é preciso viver com entusiasmo diante das
diversas situações pelas quais passamos diariamente.
A pressão e as obrigações do dia a dia fazem com que as pessoas tomem
atitudes automáticas, tornando a vida um grande círculo vicioso, em que tudo é
realizado da mesma maneira, todos os dias. A comunidade escolar e a sociedade, em
geral, ditam comportamentos, em sua grande maioria, não condizentes com a prática
docente, fazendo com que os professores fiquem aprisionados de modo a não realizar o seu trabalho docente com criatividade, afeto e amor, conceitos importantíssimos
para que o ensino/aprendizagem seja efetivado.
Cabe ao professor ter a percepção de quais são as pessoas e situações
opressoras, que sugam sua criatividade criadora e o faz viver como mero reprodutor
de conteúdos, predominantemente defasados e inúteis à clientela, ou seja, aos alunos.
Essa percepção fará com que o professor tenha autonomia e consiga ter o domínio
próprio de sua vida e de sua profissão, diminuindo assim, consideravelmente, os
níveis de estresse e, consequentemente, evitando doenças decorrentes desse.
Em seu livro “A águia e a galinha”, Boof (2008) discorre sobre uma conversa
que teve com um biólogo acerca das águias. Falou-me da águia brasileira, Harpia
harpyja, (...) Hoje, acuada pelo desmatamento selvagem, sobrevive nas florestas
acima da linha do Equador, na região amazônica. Essa metáfora se encaixa
perfeitamente no que diz respeito aos professores que se afastam da sala de aula por
não suportarem as pressões diárias, exaustos, sucumbem e desistem (burnout).
Todo indivíduo que vive em sociedade está exposto a uma série de
circunstâncias pelas quais é necessário atravessar. Dificuldade de todas as esferas,
mas cabe a ele mesmo não ser reduzido a simples seguidor de tarefas, é preciso ser
dono de sua própria história, tendo o controle nas mãos.
Cabe ao indivíduo ter sensibilidade o bastante para não incorrer no erro de se
tornar escravo do sistema e ter a capacidade de se recompor, mesmo depois de
vivenciar experiências traumáticas.
A seguir falaremos sobre algumas ações promotoras do bem-estar do
educador:
Receber o apoio da equipe gestora
A peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem é o professor, é
como se esse profissional fosse a alma da escola, mesmo que esta tenha toda
estrutura física se o professor não for bem preparado, o processo de ensino-aprendizagem
não será efetivado.
Além de suas próprias atribuições e conhecimentos, o professor precisa
receber apoio constante da equipe gestora, que é composta por um trio que inclui o
diretor, o coordenador pedagógico e o supervisor pedagógico:
1. Diretor: responsável legal, judicial e pedagógico pela instituição e o
líder que garante o funcionamento da escola.
2. Coordenador pedagógico: profissional que responde pela formação
dos professores.
3. Supervisor de ensino: representante da secretaria de Educação que
dá apoio técnico, administrativo e às escolas.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Vitor Civita realizada em 2009
atestou que as escolas que tiveram melhor desempenho na Prova Brasil são as que
têm maior proximidade com a secretaria da educação, na figura do supervisor que é
o responsável por monitorar a aplicação e a continuidade das políticas públicas e por
acompanhar o desenvolvimento do projeto político pedagógico etc.
Infelizmente nem todas as escolas integram o trio gestor de maneira efetiva,
já em outras, mesmo que os três profissionais estejam presentes na escola, o embate
entre eles não deixa o trabalho fluir de maneira satisfatória.
Manter-se em constante formação
A Universidade é o primeiro estágio formal de formação de
um professor, mas sabe-se que essas instituições, unicamente, não
preparam os professores para a docência. Por outro lado, não se
pode admitir que os alunos sirvam de cobaias a novos professores
que vão aprender com a prática do dia a dia o ofício de ensinar.
Uma das saídas possíveis para esse impasse são os programas de educação
continuada. A constante formação traz autoestima ao docente, pois quanto mais
conhecimento das práticas docentes tiver, melhor ele conseguirá encontrar soluções
em suas aulas.
Dispor de horários para estudos e lazer
Sabe-se que o trabalho do professor é muito mais do que planejar, ministrar
aulas, elaborar e corrigir trabalhos e provas, em sua grande maioria lida com um
grande número de salas, com muitos alunos. Geralmente, usa seu horário de
intervalo na escola para atender alunos e pais, além de usar suas poucas horas de
folga em casa com as obrigações docentes acima mencionadas, sem receber nada a
mais por isso.
Em meio a todas essas obrigações, é importante dividir bem o tempo de
modo a dispor de tempo para práticas de lazer, leituras e estudos que saiam um
pouco do campo da docência.
Contar com o apoio dos demais educadores
Já falamos neste curso sobre a importância
da noção de cooperativismo no corpo docente de
uma escola.
Pesquisas apontam que escolas em que o
corpo docente é unido e divide suas angústias e
progressos têm mais chances de serem bem
sucedidas no processo de ensino-aprendizagem.
Portanto é importante criar um ambiente de interação entre os professores.

Manter a disciplina sobre controle
A maioria dos problemas que afetam a saúde emocional do educador está
ligada à indisciplina em sala de aula, portanto é preciso buscar mecanismos para
mantê-la sobre controle. Dominar o conteúdo e utilizar estratégias eficientes para
ensiná-los aos alunos faz com que os docentes consigam ter a autoridade necessária
para controlar a indisciplina da turma. É claro que isso não é uma questão fechada,
às vezes nem o melhor dos professores consegue manter a sala completamente livre
da indisciplina, nesses casos, o melhor a fazer é chamar o responsável pelo aluno,
para descobrir as reais causas dessa indisciplina e a partir daí criar um plano de ação.
Ter boa condição de trabalho
Boas condições de trabalho é a condição fundamental para que o trabalho
docente seja realizado de maneira satisfatória. Valorização do profissional, aumento
do poder de compra do salário do professor, respeito e carinho por parte dos alunos
são algumas ações que contribuem para o bem-estar do professor e o
desenvolvimento de seu trabalho docente.

Ter conhecimento profundo do projeto político pedagógico
O Projeto Político Pedagógico é o documento mais importante da escola, pois
lá estão todos os objetivos, projetos e metas que a escola em questão deseja alcançar.
É como se o PPP – Projeto Político Pedagógico – fosse um guia para todos os
profissionais da educação que trabalham no colégio e não só o professor, como todos
envolvidos: coordenadores, diretores, porteiros etc. O professor como peça principal
no processo de ensino-aprendizagem precisa conhecer profundamente o PPP e não
só conhecer como participar ativamente da sua criação.

Ser prestigiado
No Brasil, o professor ganha em média, 40% a menos do que profissionais
com a mesma escolaridade; esse é apenas um dos dados que mostram o quanto o
professor é desvalorizado no país.
Nos países em que o professor é valorizado, como a Coreia do Sul, todos os
professores devem ter mestrado e ganham, em média, R$10,5 mil por mês, o
resultado disso é que lá se concentram os melhores alunos do mundo.
A profissão precisa ter o prestígio que é a ela merecido, sem os professores
nenhum outro profissional se faz.

Resiliência Docente
Segundo a física, resiliência significa a
capacidade de um material retornar à forma ou
posição original depois de cessar a tensão
incidente sobre o mesmo, determinada pela
quantidade de energia devolvida após a
deformação elástica.
Esse termo é amplamente discutido na
psicologia, que o entende como sendo a
capacidade que um indivíduo tem de se
recompor depois de ter passado por uma situação desgastante de tensão.
Como já dissemos anteriormente, as condições de trabalho às quais os
professores são submetidos, as mesmas agravam os problemas emocionais dos
docentes. Ter a capacidade de resiliência não quer dizer ser invulnerável, ela trata da
capacidade que as pessoas têm, individualmente ou em grupo, de conseguir se
recompor depois de passar por situações indesejáveis e é fundamental para o
facilitação da prática pedagógica, fatores como autoconfiança, autoestima e apoio
ajudam nessa tarefa. No trabalho docente, a resiliência é uma qualidade primordial, pois são muitas as situações de estresse pelas quais o professor passa e convive. Essa
capacidade não o tornará imune a qualquer sofrimento, mas o tornará mais resistente
e contribuirá para que não adoeçam e se mantenham em constante equilíbrio.
Existem várias definições para o termo Resiliência, mas é unânime a ideia de
que resiliência seja a capacidade que o indivíduo tem de passar por uma situação
difícil e de conseguir enfrentá-la. Principalmente no meio docente, o professor, com
o advento do mundo globalizado, foi obrigado a assumir uma série de outras funções
além de ser o mediador do conhecimento, tal como agente socializador que transmite
aos alunos e a toda a comunidade escolar valores e comportamentos éticos e
saudáveis; junte-se a isso a infinidade de prazos e obrigações burocráticas as quais
ele precisa cumprir.
Nesse ambiente estressante é necessário exercitar a resiliência, que pode ser
inerente ao indivíduo ou ser produto do meio em que vive, na segunda opção, a
escola deve estimular ações que ajudem o professor exercitar a sua autoconfiança,
autoestima e fazer com que ele entre em um processo de autoafirmação de modo a
desenvolver características, como inteligência, liberdade, responsabilidade e
reflexão.

Característica do profissional resiliente
O profissional resiliente é fundamental nos dias atuais em que as mudanças
acontecem tão rapidamente. Esse profissional caracteriza-se pela proatividade e
iniciativa, que o faz estar à frente de suas reais necessidade e funções.
Criatividade e inovação também são características
resilientes, é preciso estar sempre em busca de novas
alternativas, novas maneiras de encarar os problemas e
revolvê-los.
Este profissional está sempre aberto a mudanças, pois
como citado acima, não tem medo de novos desafios, pois
está sempre procurando novas formas de resolução de um
mesmo problema.
Autoestima, autoconfiança e inteligência emocional também são
características do profissional resiliente, ter uma enorme sensibilidade para entender
seus próprios problemas e lidar com eles.
Reconhece-se um profissional resiliente pela forma que este lida com a vida,
a pessoa resiliente é autoconfiante, acredita que é capaz e vê uma adversidade
sempre como uma possibilidade de aprendizado e crescimento e se faz responsável
pela sua própria história.
É fundamental trabalhar as características resilientes nos docentes, pois como
dissemos anteriormente, essa é uma característica individual, mas que pode ser
lapidada conforme o meio em que se está estabelecido.

Práticas de Atividades Físicas
A prática de atividades físicas
é um dos requisitos básicos para as
pessoas que desejam ter uma boa
qualidade de vida.
Muitos professores relatam
melhora de concentração,
autoconfiança e humor, além de
sentimentos de alegria, interesse e
vontade, depois de aderir a programas de atividade física.
A prática esportiva mais comum é a hidroginástica que atua no controle da
pressão arterial; melhora de problemas respiratórios, como bronquite; diminuição
dos níveis de estresse e irritação, diminuição na incidência de câimbras, melhoras na
qualidade do sono e como é um esporte coletivo faz com que a pessoa aumente o seu

círculo de amizades.
O corpo é uma das ferramentas de trabalho do professor e o equilíbrio entre
mente e corpo é essencial para o bom exercício da prática docente. Profissionais da
saúde estão cada vez mais se voltando para estudos que contemplam a ligação entre a
prática de exercícios físicos e a saúde emocional.
O sedentarismo está diretamente ligado aos transtornos de ansiedade, já os
exercícios físicos, seja pela questão fisiológica, seja pela capacidade de agregar os
indivíduos, ajudam aos trabalhadores a recuperar o equilíbrio, o que é imprescindível
para a boa saúde emocional e a boa prática docente.
A prática de exercícios físicos sempre é benéfica para o corpo e a saúde
mental, entretanto é preciso tomar uma série de precauções e saber quais são as reais
condições do corpo para não causar nenhum mal ao mesmo.
Os professores que pretendem iniciar um programa de exercícios físicos
precisam conhecer o seu próprio corpo, mesmo os que são aparentemente saudáveis
precisam procurar um médico a título de precaução, antes de se exercitar.
Gestantes, hipertensos, pessoas com problemas ósseos ou articulares
precisam ter cuidados redobrados quanto ao acompanhamento médico. Importante
lembrar que tanto essas quanto as aparentemente saudáveis precisam começar a
praticar exercícios físicos de forma gradual. O importante é se exercitar e não a
quantidade e intensidade do exercício; a exaustão causada por um programa de
exercícios físicos que ultrapassem a capacidade corporal, só fará mal à saúde mental
e emocional, além do desgaste físico.
Existem muitos exercícios de baixo impacto e que fazem tão bem quanto os
de alto impacto:
 Aeróbica;
 Caminhadas;
 Corridas leves e curtas;
 Hidroginástica;

 Yoga;
 Pilates;
 Aulas de dança;
 Etc.
A ideia primordial da prática de exercícios físicos, no sentido de fazer bem à
saúde emocional dos educadores é dar prazer aos que recorrem aos mesmos, portanto
nenhum exercício que dispense muita energia e esforço fará muito bem. Lembre-se:
é muito importante respeitar os limites do corpo.
Entende-se por atividade física, qualquer movimento corporal que resulta em
gasto de energia, portanto se sua rotina não permite pôr em prática um programa
sistemático de exercícios físicos tente incorporar a ela algumas ações como:
 Deixar o elevador de lado e usar as escadas, pelo menos duas vezes por
semana;
 Usar a bicicleta como meio de transporte, pelo menos uma vez por semana;
 Descer do ônibus um ponto antes do seu para realizar uma caminhada;
 Alongar-se antes de sair da cama;
 Dançar e cantarolar enquanto se arruma para o trabalho;
 Praticar exercícios de respiração – inspire, segure o ar por quatro segundos,
em seguida expire e conte até quatro antes de inspirar novamente. Repita por
cinco vezes.
Atitudes simples que podem melhorar o seu humor e consequentemente
ajudar na sua saúde emocional.
Pesquisas afirmam que os exercícios físicos, em algumas pessoas, estimulam
as mesmas áreas do cérebro que os antidepressivos e ajudam as pessoas com
depressão a desenvolver atitudes mais positivas diante da vida. Para pessoas com
distúrbios de ansiedade, o exercício reduz o medo e sensações como o coração

acelerado ou a falta de ar.

Lembre-se, sempre siga as instruções do seu médico e nunca abandone um
tratamento com medicamentos, mas se ele não propôs a prática de exercícios físicos,

discuta a questão com ele e encontre um melhor caminho.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

SEDOE: Identificando o Burnout

A síndrome de burnout é reconhecida pelo ministério da saúde no o Cid-10,
sob o código Z73.0 e é bem diferente de depressão, por mais que os sintomas se
pareçam. Na verdade a SB é uma resposta às situações de estresse pelas quais os
professores passam todos os dias, um estado de esgotamento.
A SB está relacionada especificamente ao local de trabalho. O portador se
sente bem em outros lugares, fazendo outras atividades; diferente do portador de
depressão que, em todos os momentos sofre com os sintomas, independente do lugar
em que esteja.
A síndrome burnout não tem relação direta com a violência existente nas
escolas e das ameaças sofridas em sala de aula, claro que é um agravante, entretanto
existem outros transtornos (síndrome do pânico, transtorno de estresse póstraumático,
depressão) que têm a violência como causa predominante.
Os sintomas da SB são divididos em quatro categorias:
Físicos: Perda da resistência imunológica, alterações na tireóide,
vulnerabilidade às doenças cardíacas, crises hipertensivas, diabetes. Esses sintomas
podem acarretar problemas graves, como insuficiência renal, infartos, AVC etc.
Comportamentais: Cinismo, impotência, isolamento, irritabilidade, apatia,
comportamentos excessivos de fuga – sexo, bebidas, jogos, medicamentos.
Afetivos: Esgotamento psicológico e emocional, estresse crônico,
deteriorizacão da qualidade de vida, esgotamento emocional, desesperança,
frustração, sensação de estar aprisionado, desespero, ressentimento, culpa etc.
Cognitivos: Despersonalização do profissional, disfunções no desempenho
profissional, falta de concentração, esquecimento, desconexão etc.
Mas é importante lembrar que só um médico pode fazer o diagnóstico preciso
da SB e que às vezes a manifestação de alguns sintomas ou de alguma dimensão da
SB não significa especificamente que a pessoa seja portadora da síndrome.

 Principais Causas
A síndrome de burnout é considerada um transtorno de ansiedade que
acomete profissionais que tem contato direto com as pessoas e é caracterizado pelo
esforço despendido por esse contato, em razão disso, essa síndrome é elencada como
uma doença emocional do educador, que é uma das maiores vítimas desse mal.
Professores que trabalham com alunos de comportamento irregular ou
indisciplinado têm propensão a sofrer com o estresse gerado no trabalho. As causas
desse desconforto podem se manifestar por meio dos seguintes fatores:
 Políticas (ou falta delas) inadequadas da escola para casos de indisciplina;
 Atitude, comportamento distante e falta de apoio por parte dos gestores;
 Avaliação negativa dos administradores e supervisores;
 Atitude e comportamentos individualistas de outros professores e
profissionais;
 Carga de trabalho excessiva;
 Oportunidades de carreira pouco interessantes (baixos salários, péssimas
condições de trabalho);
 Baixo status da profissão de professor;
 Falta de reconhecimento por parte dos alunos e gestores de ensino;
 Alunos barulhentos, indisciplinados e desinteressados;
 Lidar com a cobrança dos pais.
Os efeitos da SB se manifestam da seguinte forma:
 Sentimento de exaustão;
 Sentimento de frustração;
 Sentimento de incapacidade;
 Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
 Irritabilidade.
Segundo a pesquisadora Iône Vasques-Menezes, no caso dos professores, a
principal causa da síndrome de burnout é a falta de reconhecimento da profissão por
parte da sociedade em geral.
Os agentes dessa falta de reconhecimento são três:
 Sistema: A desvalorização do professor por parte do sistema se dá por meio das
péssimas condições de trabalho, desequilíbrio na distribuição de fundos da
educação básica, falta de material de apoio, atraso na aplicação de planos de
educação, baixos salários, acúmulo de carga horária, falta de programas de
capacitação e formação continuada, que não corresponde à realidade vivida em
sala de aula;
 Alunos: Indisciplina na sala de aula, violência, falta de compromisso, apatia etc.;
 Sociedade: Perguntas como: “O que você faz além de dar aulas?”; “Além de dar
aulas, você trabalha?” são recorrentes na sociedade em geral. Os pais não
valorizam os professores, mas delegam a estes a função de educar seus filhos,
isso é resultado de uma falsa ideia inculcada na cabeça das pessoas de que o
professor é preguiçoso, responsável pela apatia e indisciplina dos alunos etc.
Falta a organização por parte da sociedade, e da própria classe docente de
forma a pressionar o governo para que crie políticas públicas que destinem mais
recursos à educação básica.
Outra causa relacionada ao burnout é a sensação de impotência que
frequentemente se manifesta em duas situações:
 Na atividade docente, muitas vezes, existem tarefas que não dependem
somente do professor para serem realizadas e, diante disso, o educador é tomado de
desestímulo.
 O posicionamento dos alunos frente à matéria e ao professor, muitos dos
alunos encaram a sala de aula como um campo de batalha em que professores e
alunos são inimigos, daí surge a indisciplina e apatia.
Em matéria de apatia, desinteresse e indisciplina por parte dos alunos, na sua
grande maioria, os docentes atribuem a culpa a si mesmo quando já estão em uma
fase crítica da doença. Veja o depoimento do professor universitário Fernando Pachi:
“Acredito que a situação de maior estresse para o
professor continua sendo a indisciplina na sala de aula.
Mediar a relação com os alunos fica dez vezes mais
desgastante em situações em que você tem de chamar
atenção, interromper a aula, pensar em como motivar os
alunos, erguer o tom de voz. Tudo isso contribui ao longo do
tempo – podem ser meses – para uma situação de estresse e
desmotivação. Isso porque o foco é sempre motivar os
alunos! Aí a cobrança interna fica bem maior, e vem uma
certa sensação de fracasso quando os resultados esperados
não são atingidos, ou seja, quando o curso não corre bem, por
conta de uma “interação na sala de aula mal resolvida”.
Dicas para prevenir a síndrome de burnout:
A psicóloga Beatriz Accioly, em seu blog de psicologia descreve algumas
dicas para prevenir o burnout no ambiente de trabalho:
Peça Ajuda. Procure um profissional de saúde, como um psicólogo ou um
médico que possa ajudar você a avaliar as melhores formas de lidar com a situação.
Dê um tempo. Se o burnout parece inevitável, dê um tempo total do trabalho.
Saia de férias ou use os seus dias de licença, peça uma licença temporária para se
ausentar - qualquer coisa que possa remover você dessa situação. Use o tempo de
distância para recarregar suas baterias e ganhar perspectiva.
Cuide da sua saúde. É importante manter um bom nível de saúde física, por
isso coma bem, durma o bastante e faça com que os exercícios sejam parte da sua
rotina.
Cuide de você. É importante que você preste atenção às suas necessidades, e
encontre maneiras de satisfazê-las.
Utilize técnicas antiestresse. Como o burnout está relacionado com o
estresse, muitas das técnicas de administração e prevenção do estresse ajudam a
prevenir e minimizar os efeitos do burnout.
Cultive relacionamentos. É importante cultivar relacionamentos com outras
pessoas, e passar tempo se sociabilizando. Poucos relacionamentos e isolamento
podem contribuir para a síndrome de burnout, enquanto relacionamentos positivos
podem reduzir o seu impacto.
5.2.2 Principais Consequências
As consequências da síndrome de burnout nos professores e no sistema de
ensino são muito graves. O mal estar que se instala nos educadores tem reflexos
diretos na educação.
Na dimensão de
despersonalização, as consequências
para os alunos são alarmantes, pois os
professores criam um distanciamento
que atrapalha a mediação do
conhecimento. O professor não se
envolve afetivamente com o aluno e
não se importa com o real aprendizado, pois crê que não há esforço por parte do
aluno para aprender e assim o educador não se sente na obrigatoriedade de se
esforçar para ensinar.
Na questão do envolvimento pessoal com o trabalho, a situação é mais crítica,
pois muitos professores não se sentem capazes de ensinar, há muito absenteísmo e
muitas vezes o docente abandona o cargo por se sentir incapaz ou abandona
figurativamente a função: está na escola para ensinar, mas se torna apático e suas
aulas não surtem o efeito esperado.
A seguir disponibilizamos doze estágios da síndrome de burnout:
 Necessidade de se afirmar;
 Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo
sozinho;
 Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos
começa a perder o sentido;
 Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não
enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
 Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha
valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é
o trabalho;
 Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados
e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são
os sinais mais evidentes;
 Recolhimento;
 Mudanças evidentes de comportamento;
 Despersonalização;
 Vazio interior;
 Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o
sentido;
 E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que
corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de
emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.

 Tratamento
O tratamento assim como o diagnóstico da síndrome de burnout só pode ser
feito por um profissional, ou seja, um psicanalista. O tratamento é feito com a
mediação do mesmo por meio de técnicas psicoterápicas diversas. Se os sintomas do
paciente foram também físicos, como dores, alergias, alterações na pressão ou
diabetes o tratamento também pode ser feito com acompanhamento de um médico.
Os medicamentos variam desde analgésicos até ansiolíticos e antidepressivos,
conforme cada caso. Importante salientar que somente um profissional pode indicar a
medicação, que muitas vezes pode ser dispensada.
Algumas estratégias que podem ser usadas para amenizar esse estresse são:
 Utilização de técnicas de respiração e relaxamento;
 Organização do tempo e definição das prioridades;
 Manutenção de uma dieta equilibrada ou balanceada;
 Prática de exercícios físicos;
 Discussão de problemas com colegas de profissão;
 Maior tempo para o lazer;
 Ajuda profissional da medicina convencional ou de terapias alternativas.
Existem algumas estratégias que podem ser usadas para evitar ou diminuir o estresse:
 Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;
 Prover os professores com cursos de especialização e formação continuada;
 Reconhecer o trabalho dos professores, apoio em suas práticas e respeito pelo seu
trabalho;
 Dar mais assistência e suporte;
 Disponibilizar mais tempo para planejamento de aulas
 Prover os professores com mais informações sobre alunos com comportamentos
irregulares e também sobre as opções de como lidar com eles;
 Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a
comunicação com a escola.
A pesquisa de Codo sobre Burnout entre os educadores
Muitos educadores tendem a tratar a síndrome de burnout como depressão ou
ansiedade, justamente por não conhecerem esse tipo de transtorno, assim acabam por
não tratar a real origem do problema.
Quando o professor entra em burnout é porque já está no último estágio de
estresse por diversos motivos vindos da profissão. Como foi dito anteriormente, o
estado de depressão e de burnout são diferentes, pois enquanto este se relaciona
diretamente com o trabalho e todas as suas funções, aquele é considerado
permanente.
Pensando nessa falta de conhecimento
e em ajudar professores que passavam por
esse estado de estafa crítica, foi desenvolvida
uma grande pesquisa coordenada por
Wanderley Codo, coordenador do laboratório
de psicologia do trabalho da Universidade de
Brasília - LPT/IP/UnB, a fim de desvendar os
mistérios acerca da síndrome de burnout.
Essa pesquisa teve como objetivo trazer esclarecimentos acerca desse
transtorno e medir qual é a incidência em educadores de várias escolas e de vários
estados. É importante notar que esse, não é só um problema da educação pública do
Brasil, é um mal que afeta profissionais – que precisam se relacionar com muitas
pessoas e conviver, muitas vezes, com o problema de cada uma – de todo mundo.
Considerando os profissionais da educação de várias partes do mundo e as
três dimensões do burnout, temos os seguintes dados:
PRESENÇA DOS COMPONENTES DE BURNOUT ENTRE OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

DESPERSONALIZAÇÃO: BAIXA 69,1%, MODERADA 20,2%, ALTA 10,7%,TOTAL 100%
EXAUTÃO EMOCIONAL: BAIXA 47,9%, MODERADA 27%,ALTA25,1%, TOTAL 100%
ENVOLVIMENTO PESSOAL: BAIXA 31,6%, MODERADA 31,5%, ALTA 37%,TOTAL 100%

Fonte: Burnout: sofrimento psíquico dos trabalhadores em educação: CODO &
VASQUES MENEZES
Os resultados da pesquisa de Codo sobre síndrome de burnout foram
alarmantes. Considerando pelo menos uma das dimensões da SB, a incidência foi de
48,4% entre os profissionais da educação, ou seja, praticamente metade de toda a
população estudada.
É importante notar que a SB é um fenômeno que se manifesta também em
outros profissionais da educação, além dos educadores, em porcentagens
preocupantes.


Para qualquer empresa, o melhor trabalhador é aquele satisfeito com sua
profissão e seu trabalho. Resultados da pesquisa de Codo atestam que 86% dos
professores da rede pública de ensino de 1º e 2º graus estão satisfeitos com o seu
trabalho. Vendo por esse lado esse profissional deveria ser considerado o melhor
trabalhador, pois apesar das péssimas condições de trabalho e péssimos salários,
ainda se sentem satisfeitos com seu ofício.

SAÚDE EMOCIONAL DO EDUCADOR:Exaustão Emocional

A exaustão emocional é
considerada a dimensão que mais provoca
danos ao portador da síndrome de
burnout. O idealismo que os professores
têm no início da carreira faz com que os
mesmos desprendam grande quantidade
de energia na busca por alcançar seus
objetivos quanto ao desempenho de sua função. Com o tempo muitos desafios se
colocam a sua frente, a convivência com as diversas angústias de seus alunos e a
impossibilidade de ajudar a todos faz com que suas energias sejam sugadas.
Ao perceber a impotência diante dos problemas que não pode resolver, o
professor passa a ficar alheio ao que afeta a sua clientela, perde o idealismo e passa a
desenvolver seu trabalho de forma mecânica.
Por conta da exaustão emocional, profissionais no início de carreira
abandonam a docência, justamente por não aceitarem trabalhar em uma função que
os consumam física e psicologicamente e que ainda vá contra os seus princípios.
Por outro lado, existem os profissionais que demoram muito para identificar
os males que a profissão pode causar e quando se dão conta já estão na fase da
exaustão emocional. Assim passam a se afastar, ou seja, passam a não se envolver
afetivamente com sua clientela e com os colegas de trabalho, esta é a fase da
despersonalização.
Despersonalização
A despersonalização
caracteriza-se pelo afastamento
emocional do professor em relação
ao seu trabalho, aos alunos e aos
colegas de profissão. Ele cria uma
couraça que o impede de sentir
emoções, de se envolver
afetivamente, ou seja, fica insensível
emocionalmente.
Nesta fase, o professor trata o aluno como objeto de trabalho apenas. Faz seu
trabalho de forma mecânica, não se envolve afetivamente e não se importa se o
resultado da sua aula é negativo, ele só está lá para cumprir seus horários e receber
seu salário no final do mês: “... tanto faz sobre o que estou dando aula, sequer me
interessa se foi boa ou não, o que me interessa é que mais uma aula passou.”
Se os alunos não apresentam resultados satisfatórios, a tendência dos
educadores portadores da síndrome de burnout é a de culpá-los por isso ou
simplesmente não se importarem: “Tanto faz que meus alunos estejam apaixonados
pelo conteúdo ou que minhas palavras atravessem seu cérebro como a um deserto,
cumpro apenas minha obrigação.”
Os sintomas dessa fase são ansiedade, aumento da irritabilidade, perda de
motivação, falta de sono, cinismo, dissimulação afetiva, egoísmo, redução do
idealismo etc.
Na despersonalização, a exaustão emocional já está muito avançada e o
distanciamento afetivo do educador em relação aos alunos seria uma forma de defesa
para lidar com o problema e isso compromete todo o processo de ensinoaprendizagem,
pois sem simpatia e carisma os alunos não se sentem motivados e sem
motivação o processo fica comprometido.
Baixa Realização Pessoal no trabalho (Envolvimento Pessoal no Trabalho)
A baixa realização pessoal no trabalho é a terceira dimensão da síndrome de
burnout, de modo que nessa fase o educador passa a se autoavaliar negativamente, se
sente fracassado e insatisfeito com seu desenvolvimento profissional. É a dimensão
mais cruel da síndrome.
Muitos profissionais, por se acharem incompetentes para a função,
abandonam o trabalho, e os que não podem, abandonam de forma figurada, estão lá
na função docente, mas é como se não estivessem. Os meses, os dias, as aulas e os
alunos se tornam apenas números, a chama se apaga, entra em burnout: “...sinto-me
impotente ao lidar com os alunos (adolescentes e adultos), pois é algo semelhante a
remar contra a maré.”